domingo, 27 de setembro de 2009

RESUMO HISTÓRICO DO APOCALIPSE E SUAS CORRENTES DE INTERPRETAÇÕES


O Contexto Histórico do Apocalipse

O autor do livro é o apostolo João. Já no século II Justino Mártir, Irineu e outros identificaram o autor como sendo o apostolo João. No entanto, no século III Dioniso, bispo de Alexandria, comparou o estilo e os temas de Apocalipse com o evangelho de João e concluiu que os dois devem ter tido autores diferentes. Ainda que existe esse parecer, João é o autor de Apocalipse.
João queria advertir os cristãos quanto aos perigos internos e externos e fortalecer as comunidades para momentos difíceis que iriam passar por causa da sua fé.
João escreveu o apocalipse entre 90 a 96 d.C.. Isso foi no final do reinado do imperador romano Dominiciano, quando começou a sua perseguição contra a igreja. O Apocalipse foi enviado as sete igrejas da província romana da Ásia (atual Turquia), a fim de adverti-las para que não abandonassem a fé em Cristo. Também proclamou a certeza da vitória definitiva para os que permanecem ao lado de Deus.
Além destas informações, será necessário dizer os motivos do autor dirigir sua mensagem. Dois motivos levam o autor a dirigir a sua mensagem as comunidades cristãs:
2.1 O Sincretismo Religioso. As conquistas de Alexandre Magno e, mais tarde a dominação romana, unificaram numerosas nações, misturando culturas, costumes e religiões. Para o cristianismo nascente, isso podia significar desvirtuamento interno, a perda da identidade, a desagregação das comunidades e, conseqüentemente, a ausência de testemunho corajoso contra a idolatria, principalmente a idolatria de um poder político absoluto e tirânico.
2.2 A Dominação Romana e a religião imperial. No tempo do imperador Nero (54 a 68 d.C.), os cristãos foram perseguidos pela primeira vez, mas somente em Roma, e não por causa da fé. Era tempo de decadência, e a autoridade do imperador Vespaziano (69 a 79 d. C.) criou a religião imperial, isto e, o culto aos imperadores mortos, alem de atribuir a si mesmo o títulos divinos, como: “salvador”, “benfeitor”, “senhor”. Dominiciano (81 a 96 d.C.) foi imperador tirano e, para manter o império unido, impôs essa religião imperial a todos os povos dominados, exigindo inclusive o culto ao imperador vivo. Quem recusasse tal culto, era considerado inimigo, e por isso seria perseguido e morto.

As Linhas de Interpretação do Apocalipse

Existem quatro principais escolas de Apocalipse. Eu fui o criador da quinta escola de interpretação do Apocalipse em janeiro de 2007, mas não irei falar acerca dela nesta oportunidade. As quatro escolas são:

Preterista
A concepção preterista vê as profecias como inteiramente relacionadas aos dias de João, sem nenhuma referencia a épocas futuras.
3.2. Futurista
Coloca a relevância das visões inteiramente no fim da época, afastando-as grandemente do tempo do profeta.

Idealista ou poética
Acha que as cenas do Apocalipse não descrevem eventos específicos mas princípios de guerra espiritual. Estes princípios estão em operação no transcurso da era eclesiástica e podem ser alvos de repetições análogas. Considera ilegítimos, todos os sistema de interpretação rígidos. Seguindo ela, o profeta simplesmente descreve, a maneira dos seus predicados de artista, o triunfo certo de Deus sobre todos os poderes do mal.

Historicista
Esta escola sustenta que 6.1-18.24 oferece um esboço cronológico básico do curso da historia eclesiástica do século I ate a Segunda Vinda de Cristo. Contempla as visões como a predição da historia desde o tempo do escritor ate o fim do mundo.